domingo, 27 de março de 2011

Acontecimentos e Curiosidades

Em meio a muitos acontecimentos ocorridos na cidade, uma bastante marcante, atual e, que de certa forma, assustou a toda na cidade, foi um grande incêndio que aconteceu no ano passado em duas lojinhas que ficam atrás de uma das capelas que formam os passos da paixão de Cristo.

Veja essa reportagem do site Café com Notícias:
‘Séculos de história e arte, em Congonhas (MG), quase foram totalmente destruídos, na madrugada desse sábado (14/08). O fogo consumiu duas lojas e deixou outras danificadas. Artesãos que trabalham como lojistas no local estão no prejuízo. O centro comercial e histórico fica próximo das seis capelas que representam os passos da Paixão de Cristo e da Igreja de Bom Jesus do Matozinhos, onde estão os 12 profetas esculpidos em pedra-sabão, no século XVIII. Situada a 70 km de Belo Horizonte (MG), Congonhas possui um expressivo conjunto de arte barroca feita por Aleijadinho.
O chamado ao Corpo de Bombeiros foi feito por um vigilante e atendido pela unidade de Conselheiro Lafaiete, cidade a 20 km de Congonhas. Mas, pelo fato da cidade histórica não possuir uma unidade própria dos bombeiros, eles só conseguiram chegar quando as chamas já tinham se alastrado pelos dois casarões que, atualmente, sediam lojas de artesanato local.
Ainda, de acordo com o Corpo de Bombeiros, não se sabe as causas do incêndio que, por pouco, não consumiu todo o complexo histórico. Durante toda manhã, uma equipe da Defesa Civil tentava, com baldes, controlar o incêndio, que começou às 4h da madrugada de sábado.
Mas, o que chama a atenção, é como uma cidade considerada patrimônio cultural da humanidade - e que possui um dos maiores acervos de arte barroca do mundo, não possui hidrantes, briga distas, nem uma unidade do Corpo de Bombeiros.'



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Encontramos também uma antiga e conturbada historia de um homem, conhecido como Zé Arigó, que virou um dos mais famosos médiuns a incorporar Dr. Fritz. Um médico alemão que desenvolvolvia grandes poderes de cura, através de métodos pouco ortodoxos, como operar com facas de cozinha, sem luvas ou esterilização do material.

Um pouco dessa historia:

Houve um tempo, que o maior número de visitantes vinham movidos pela fé, esperança de cura de várias doenças, até mesmo as consideradas incuráveis. Vinham porque acreditavam na força paranormal de Zé Arigó, o maior fenômeno mediúnico do Brasil.
Em Congonhas, Zé Arigó realizou durante mais de 20 anos, as curas mais surpreendentes. Através do espírito do médico alemão, Adolf Fritz, diagnosticava, dava receitas e até operava, se necessário fosse, mas não permitia nunca que um paciente voltasse sem a sua assistência.

José Pedro de Freitas, Zé Arigó, nasceu em 18 de outubro de 1921 na Fazenda do Faria, localizada a 6 quilômetros de Congonhas. Teve infância semelhante a dos meninos pobres da sua geração, e os poucos recursos da sua família não lhe permitiram estudos além do terceiro ano primário. Aos quatorze anos se empregou na Companhia Atum (hoje Mineração Casa de Pedra, da CSN) onde trabalhou durante seis anos.

O apelido foi dado por amigos frequentadores de um bar que Arigó tinha, no centro da cidade.

Por volta de 1950, Zé Arigó começou a apresentar alguns distúrbios que o perturbavam de modo peculiar: fortíssimas dores de cabeça, insônias, transes e visões que o levaram perto da loucura. E uma voz que o acompanhava onde quer que fosse. Apesar de visitar diversos médicos, sofreu durante três anos tais perturbações. Um dia, a voz que o perseguia, tomou seu corpo e ele pode ver um personagem calvo, vestido de avental branco e supervisionando uma equipe de médicos e enfermeiros em uma enorme sala de cirurgia. Apesar desta figura falar uma língua que Arigó não conhecia, ele o compreendia perfeitamente. Dr. Fritz o escolhera para realizar as curas e fez das suas mãos rudes acostumadas a lidar com grosseiros instrumentos de trabalho, mãos hábeis, capazes de manejar bisturis e agulhas. A partir daí, Congonhas passou a receber milhares de pessoas e caravanas do Brasil e do exterior, em busca de cura onde a medicina tradicional falhou.

Arigó enfrentou diversos problemas de ordem religiosa e legal. Numa cidade tradicionalmente católica como Congonhas, não foi fácil romper barreiras e trabalhar dentro da linha do espiritismo, mesmo assim, ele não criou inimizades com o clero. Já no plano legal as coisas foram mais complicadas. Foi processado em 1956 pela Associação Médica de Minas Gerais, acusado de curandeirismo. Foi condenado a 15 meses de prisão e recebeu indulto do Presidente Juscelino Kubitscheck. Em 1962 foi preso durante sete meses em Conselheiro Lafaiete, por exercício de medicina ilegal. Continuou sua missão dentro do presídio e voltou a Congonhas ainda mais prestigiado. Vários médicos renomados do mundo inteiro (inclusive da NASA) estiveram em Congonhas estudando o fenômeno e constataram que 95% dos diagnósticos de Zé Arigó eram corretos e seus feitos somente explicados através da parapsicologia.

Zé Arigó previu a própria morte, que aconteceu em 11 de janeiro de 1971, num acidente automobilístico na BR-040.






Arigó teve muitos amigos e clientes famosos.
Acima, quando foi recebido pelo presidente João Goulart, em 1963.
Em 1968, recebeu a visita do presidente Juscelino Kubitscheck.
Em 1970, Zé Arigó tratou do filho de Roberto Carlos, que esteve na cidade junto com sua mulher Nice e Cidinha Campos.

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